25 maio 2008

I see you




A ideia inicial seria escavar um túnel por baixo do oceano Atlântico que ligasse Londres a Nova Iorque. Nas suas extremidades seria instalado um "Telectroscópio", que permitiria às pessoas observar em tempo real o que se passa do outro lado. O objectivo final foi atingido não com um túnel, mas com a ajuda de uma ligação de fibra óptica, câmaras de alta definição e projectores. Em Londres, perto da “Tower Bridge” e em Nova Iorque, perto da “Brooklyn Bridge”. Até 15 de Junho.




19 maio 2008

As Fotografias não mentem

Contranatura

Herbarium, Guillumeta Polymorpha

Fauna, O Centauro em plena fase de comunicação com Aaru-1

Safari

Vestigios de pinturas de Retseh- Cor em Feather Creaek

Constelações, Zeta Coronae Borealis

Sputnik, Ivan Istocchnikov despede-se antes de entrar na nave

Sereias, Esboços mostrando os restos de um Hydropithecus

O Artista e a fotografia, O Pássaro Loplop regressa

Joan Fontcuberta (n.1955) . The only reliable information a photograph can tell us is that it is just that - a photograph.

Contranatura inclui seis séries: Herbarium (1984), Fauna (1989), Constelacões (1994), O artista e a fotografía (1996), Sputnik (1997) e Sereias (2000).


Em Herbarium (1984), Fontcuberta elabora um Tratado de Botânica. Junto de cada fotografia de uma planta combina dados sobre a sua localização, características gerais etc., misturando dados reais com outros inventados. As plantas, supostamente verdadeiras, são segundo Fontcuberta, "pseudoplantas", assemblages efémeras construídas a partir de detritos industriais, bocados de plástico, ossos, pedaços de plantas etc. que encontrou na cintura industrial de Barcelona.

Para Fauna (1989), Fontcuberta propõe uma reflexão sobre os modelos do real e a credibilidade da imagem fotográfica, do discurso científico e de todo o artifício subjacente a qualquer dispositivo gerador de conhecimento. Trata-se de uma instalação pluridisciplinar centrada num bestiário fantástico: fotografias, radiografias, desenhos, mapas de viagens, vídeos, animais dissecados, instrumentos de laboratório, etc. Fontcuberta cria a historia de um naturalista alemão, o Professor Peter Ameisenhaufen e do seu ajudante, Hans von Kubert e executa um trabalho de falsificação da memória.

Constelações (1994), As visões das estrelas, como conta Fontcuberta, não passam de cadáveres de insectos no pára-brisas do seu carro. O que vemos é um fragmento da superficie do vidro cheio de manchas sobre papel fotossensível.

No Artista e a Fotografia (1996), Fontcuberta parte de uma dupla hipótese de trabalho: Em que medida a Instituição canoniza os objectos que integra? Até que ponto os espectadores são acríticos face ao poder que o museu representa? A ideia de Fontcuberta consistia assim apresentar pequenas intervenções nesses espaços, copiando o estilo de determinados artistas, e avaliando, posteriormente, como influi na percepção do público o contexto das obras deliberadamente falsas.

Em Sputnik (1997), Fontcuberta inventa a história da primeira iniciativa da Fundação Sputnik: a tragédia do cosmonauta Ivan Istochnikov, perdido no espaço em estranhas circunstâncias. Para dar autenticidade à história, usa um grande número de documentos históricos e informações que contextualizam a época do acontecimento e conferem maior veracidade ao caso.

Sereias (2000), O Centre d´Art Informel et Recherche sur la Nature (CAIRN) convida artistas a realizar intervenções efémeras na sua reserva. A par de, por ex., amonites gigantes que existem na reserva, Fontcuberta insere no circuito do parque fósseis fictícios de hydropithecos que parecem sereias. Os hydropithecos são descritos como se da identificação feita num museu se tratasse.

09 maio 2008