Herbarium, Guillumeta Polymorpha
Fauna, O Centauro em plena fase de comunicação com Aaru-1
Safari
Vestigios de pinturas de Retseh- Cor em Feather Creaek
Constelações, Zeta Coronae Borealis
Sputnik, Ivan Istocchnikov despede-se antes de entrar na nave
Sereias, Esboços mostrando os restos de um Hydropithecus
O Artista e a fotografia, O Pássaro Loplop regressa
Joan Fontcuberta (n.1955) . The only reliable information a photograph can tell us is that it is just that - a photograph.
Contranatura inclui seis séries: Herbarium (1984), Fauna (1989), Constelacões (1994), O artista e a fotografía (1996), Sputnik (1997) e Sereias (2000).
Em Herbarium (1984), Fontcuberta elabora um Tratado de Botânica. Junto de cada fotografia de uma planta combina dados sobre a sua localização, características gerais etc., misturando dados reais com outros inventados. As plantas, supostamente verdadeiras, são segundo Fontcuberta, "pseudoplantas", assemblages efémeras construídas a partir de detritos industriais, bocados de plástico, ossos, pedaços de plantas etc. que encontrou na cintura industrial de Barcelona.
Para Fauna (1989), Fontcuberta propõe uma reflexão sobre os modelos do real e a credibilidade da imagem fotográfica, do discurso científico e de todo o artifício subjacente a qualquer dispositivo gerador de conhecimento. Trata-se de uma instalação pluridisciplinar centrada num bestiário fantástico: fotografias, radiografias, desenhos, mapas de viagens, vídeos, animais dissecados, instrumentos de laboratório, etc. Fontcuberta cria a historia de um naturalista alemão, o Professor Peter Ameisenhaufen e do seu ajudante, Hans von Kubert e executa um trabalho de falsificação da memória.
Constelações (1994), As visões das estrelas, como conta Fontcuberta, não passam de cadáveres de insectos no pára-brisas do seu carro. O que vemos é um fragmento da superficie do vidro cheio de manchas sobre papel fotossensível.
No Artista e a Fotografia (1996), Fontcuberta parte de uma dupla hipótese de trabalho: Em que medida a Instituição canoniza os objectos que integra? Até que ponto os espectadores são acríticos face ao poder que o museu representa? A ideia de Fontcuberta consistia assim apresentar pequenas intervenções nesses espaços, copiando o estilo de determinados artistas, e avaliando, posteriormente, como influi na percepção do público o contexto das obras deliberadamente falsas.
Em Sputnik (1997), Fontcuberta inventa a história da primeira iniciativa da Fundação Sputnik: a tragédia do cosmonauta Ivan Istochnikov, perdido no espaço em estranhas circunstâncias. Para dar autenticidade à história, usa um grande número de documentos históricos e informações que contextualizam a época do acontecimento e conferem maior veracidade ao caso.
Sereias (2000), O Centre d´Art Informel et Recherche sur la Nature (CAIRN) convida artistas a realizar intervenções efémeras na sua reserva. A par de, por ex., amonites gigantes que existem na reserva, Fontcuberta insere no circuito do parque fósseis fictícios de hydropithecos que parecem sereias. Os hydropithecos são descritos como se da identificação feita num museu se tratasse.
Joan Fontcuberta (n.1955) . The only reliable information a photograph can tell us is that it is just that - a photograph.
Contranatura inclui seis séries: Herbarium (1984), Fauna (1989), Constelacões (1994), O artista e a fotografía (1996), Sputnik (1997) e Sereias (2000).
Em Herbarium (1984), Fontcuberta elabora um Tratado de Botânica. Junto de cada fotografia de uma planta combina dados sobre a sua localização, características gerais etc., misturando dados reais com outros inventados. As plantas, supostamente verdadeiras, são segundo Fontcuberta, "pseudoplantas", assemblages efémeras construídas a partir de detritos industriais, bocados de plástico, ossos, pedaços de plantas etc. que encontrou na cintura industrial de Barcelona.
Para Fauna (1989), Fontcuberta propõe uma reflexão sobre os modelos do real e a credibilidade da imagem fotográfica, do discurso científico e de todo o artifício subjacente a qualquer dispositivo gerador de conhecimento. Trata-se de uma instalação pluridisciplinar centrada num bestiário fantástico: fotografias, radiografias, desenhos, mapas de viagens, vídeos, animais dissecados, instrumentos de laboratório, etc. Fontcuberta cria a historia de um naturalista alemão, o Professor Peter Ameisenhaufen e do seu ajudante, Hans von Kubert e executa um trabalho de falsificação da memória.
Constelações (1994), As visões das estrelas, como conta Fontcuberta, não passam de cadáveres de insectos no pára-brisas do seu carro. O que vemos é um fragmento da superficie do vidro cheio de manchas sobre papel fotossensível.
No Artista e a Fotografia (1996), Fontcuberta parte de uma dupla hipótese de trabalho: Em que medida a Instituição canoniza os objectos que integra? Até que ponto os espectadores são acríticos face ao poder que o museu representa? A ideia de Fontcuberta consistia assim apresentar pequenas intervenções nesses espaços, copiando o estilo de determinados artistas, e avaliando, posteriormente, como influi na percepção do público o contexto das obras deliberadamente falsas.
Em Sputnik (1997), Fontcuberta inventa a história da primeira iniciativa da Fundação Sputnik: a tragédia do cosmonauta Ivan Istochnikov, perdido no espaço em estranhas circunstâncias. Para dar autenticidade à história, usa um grande número de documentos históricos e informações que contextualizam a época do acontecimento e conferem maior veracidade ao caso.
Sereias (2000), O Centre d´Art Informel et Recherche sur la Nature (CAIRN) convida artistas a realizar intervenções efémeras na sua reserva. A par de, por ex., amonites gigantes que existem na reserva, Fontcuberta insere no circuito do parque fósseis fictícios de hydropithecos que parecem sereias. Os hydropithecos são descritos como se da identificação feita num museu se tratasse.
20 comentários:
As fotografias não mentem, os fotógrafos sim?
os olhos podem mentir
(as fotografias não)
:)
hydropithecus e constelações e vestígios...
volto depois pra ver os links...
A realidade que se fabrica até ao mito. De facto as fotografias não mentem. Os olhos é que querem acreditar.
gostei especialmente das constelações...
gostei deste fotógrafo. só lhe conhecia uma foto de que não gostava muito, agora no conjunto já me faz mais sentido.
as manipulações têm um humor anegrado, na quantidade suficiente para as tornar... qualquer coisa entre o insólito e o familiar.
'falsifica a memória', enganando os sentidos.
gostei muito das constelações (tb)
"Fotografias não mentem mas mentirosos fotografam."
Lewis Hine
Z.C
as fotografias podem mentir...
e os olhos também (se começarem a ficar miopes)
.
o que é então a verdade? uma multidão movente de metáforas, de metonímias, de antropomorfismos. (nietzsche)
.
Gostei muito (inesgotável)... conhecia mal.
a colagem das ideias/conceitos (compostos)
[menos reais por isso?]
a invenção do real
a falsificação da realidade e da memória
a "ciência" da imaginação
a documentação da mentira
...
formas inventadas de coisas que existem ou existiram (e ao mesmo tempo estaõ por existir)
...
(todo o conhecimento é uma construção, no limite uma invenção?!)
:)
[gostei mesmo muito]
o mark dion tambem nao.
todos vivemos de pequenas falsificaçoes.............:)
se fosse uma questão de verdade eu alimentava o sumpta e matava a joana vasconcelos.
ps: ainda nao matei porque gosto de ver chafurdeira que os porcos fazem
(gargalhada)
ó c,
não precisavas sujar as mãos de papas e sangue, os dois num compartimento e só tinhas que rodar a chave!
gargalhada
e tu ajudas?
..............:))))))))))))))))
não mentem pois não! aliás, a mentira não existe...
só os olhos... aliás, ojolhos...
:)
beijo BB
GAITA!!! só para chatear, não consigo ver as fotografias...
volto.
ahhhh, agora sim!!!
excelente!!!
então a dos insectos no pára-brisas, fez-me rir constelações...
Fontcuberta a descoberto . Gostei muito.
J.
"aquilo que existe é uma pequena parte do possível"
"":
"http://www.ted.com/index.php/talks/view/id/183"
http://www.ted.com/index.php/talks/view/id/6
E tu?
és uma anedota com a mania que sabes iludir.
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