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37 comentários:
"Em lugar das mãos o mundo."
Um poema de que me lembrei , não sei se é exactamente esse o nome mas o autor é Sérgio Xerepe. Hei-de to deixar aqui.
J.
o link funcionou. e fiquei deslumbrada. obrigada.
vou fazer um link para aqui se não te importas.
beijo
B.
_______________________
"mapa não é território" dizia alguém. um mapa contrói-se assim, com gestos e passos.
palmira multi-funçoes?
sao sempre santas as maozinhas
todos os caminhos lá vão dar
ps: e tu no this&that...
4 dias?
"...Eu sou uma viajante nem no estrangeiro nem em casa - estou entre a linha que divide os dois, a cruzar fronteiras de paisagens transientes de geografias e identidades com mapas culturais em transformação”
Gosto muito dessas mãos/corpos/paisagens/viagens.
Magnífico!
.
mãos feitas para viajar e sentir tudo de todas as maneiras.
.
vou fazer uma música sobre mãos... apeteceu-me... esta semana, ainda... para um diálogo entre mãos (daquelas sem mapas, ainda assim, é mais simples´)
Muito bonito. Mãos que falam, respiram e transpiram experiências, vidas...
À espera de serem agarradas!
Geografias e identidades marcadas por uma impressão muito mais que digital. Não conhecia.
Z.C.
feito ;)
(estou com o art&tal...
santas as mãozinhas,
todos os caminhos lá vão .........)
um mapa é sempre um segredo (acho eu)
a visão de um pássaro com memória, que nunca ninguém tem assim.
gosto de mapas
e de mãos.
[p.s.
por aqui mostram-se mapas e mãos e segredos,
e citam-se poetas e fazem-se perguntas e inspiram-se músicas...
é bom estar de volta]
Onde é a estrada do destino?
Inês
(estou muito feliz por ter conseguido voltar a aceder aqui, disparos.)
Ainda estás ai?
E férias, amigo? Eu estou a precisar. Muito. E tu?
Queres ir ao teatro?
Diz qualquer coisa. É em Oeiras.
mas isto agora as mãos é que estão a dar?
O Monólogo das Mãos, de Ghiaroni tem algumas frases de que gosto...aqui to deixo.
Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever…
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário; Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena; foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos, David agitou a funda que matou Golias; as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena; Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir; o bom amparar e o justo punir; o amante acariciar e o ladrão roubar; o honesto trabalhar e o viciado jogar. Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor. Os olhos dos cegos são as mãos. (Os surdos falam com as mãos)
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros. O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas. A mão aberta, acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada mostra a força e o poder; empunha a espada, a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes; dá cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de fidelidade. O noivo para casar-se pede a mão de sua amada; Jesus abençoava com as mãos; as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem…
E as mãos dos coveiros nos enterram!
R.
[tenho umas mãos para pôr nos segredos...
fica para amanhã...]
O Universo numa Casca de Noz...
Bom link.
Nunca me lembraria de fazer um mapa de estradas numa mão...
Encontra-se de tudo neste blog.
PALMA da mãos ...
gosto tanto da palavra PALMA...
digo,
também, sempre !
PALMA dos pés...
PALMA, Páscoa,
pés, mãos = andar, fazer, viver
Destinos (na palma da mão). Leituras.
muito bom.
Acabei...
há bocado...
de queimar, inopinadamente,
a "palma" dos dedos indicador e grande...
da mão esq....
a palma de dois dos meus dedos !
Diz-se planta dos pés...
Gostei dessas mãos, e dos caminhos que se abrem por aqui.
abraço
Paulo Castro
Perdido(a) nos caminhos? Que é feito de ti?
o que transporta essa mao?
quilometros
toneladas
[enviei-te as mãos...
as tais...
ainda não deu para postar...]
mãos gastas, perdem o caminho??
Marcas que são como mapas.
Procurei por ti por todas estas ruas,
por todas estas casas
onde dormem velhotes e pequenas crianças zombam
dos vizinhos.
Procurei porque nada havia para fazer, e
nada do que fizesse me poderia trazer aqui.
Por isso, perdi-me.
Quando entrava pelas casas, julgava que te via
num quadro,
numa janela,
num retrato
onde me parecia demasiado semelhante a figura dos
lábios ou das pálpebras.
Aprendi que nada era assim. Hoje, seguro
com força os pedaços de papel que se rasgaram
quando comecei a caminhar
e ainda hoje caminho.
As ruas tornaram-se pedaços molhados da minha
consciência - não acredito em nada do que me dizem,
entre as janelas de paredes calcinadas.
A tinta que as rege cai.
Costumo pôr-me a olhar para elas, pensando
quiçá como seria se te desenhasse nelas, ou no
chão. Respondi-me que não poderia fazê-lo, porque
assim o mundo teria demasiado peso para suportar
demasiadas caras que apagar.
Suportamos o silêncio hoje, porque as palavras
já escoam fora do nosso corpo; perdemos o rio que
as mãos se tornam quando nascemos - perdemos a
inocência dos nossos rostos - e agora
vou para ali
para longe
de onde vim.
Perder-me-ei porque assim parece que se torna
necessário para viver.
Vou pedir-te que tenhas um nome antes
de adormecer. Vou ver-te - onde, não sei - mas,
antes disso, antes desse momento - em que se tornem
exíguos os nossos corpos - não direi nada:
não grito.
Permite-me que ecoe por aqui o que se
escreve dentro de mim: escrevo praias onde
nunca mergulhei, ouço conversas dos vizinhos que
doem como gritos, como criticas, como armas
arremessadas contra a minha sombra.
Como te disse: permite-me que me ecoe.
Evitei que me descongregasse pela terra, pensei
que assim poderia tocar-te no ombro e dizer-te
que estou aqui, onde tu não podes ver
onde as crianças não conseguem chegar
onde os velhos não conseguem viver.
Estou por aqui, enquanto te deixo permanecer
no cheiro que trago nas vestes, enquanto me dispo
e deixo que me vejas.
Agora tenho em lugar das minhas mãos uma grande
mancha azulínea, que me recorda que um dia aqui existiu
o mundo e que agora não há mais tempo
para nada.
Sérgio Xarepe
- "Em lugar das mãos o mundo."
J. (Tinha dito que to deixaria aqui)
continuo a percorrer-te a palma da mão...
beijo
B.
__________________________
faz lembra um trabalho do Martin Guixé sob o metro de londres.....
...as linhas com que se desenha a vida.
Precisas de um turbante?
sempre vais a fatima?
vai lá estar muita gente este fim de semana
peregrinações
vai antes em maio
vou contigo
a pé
Monica , muito boa sua mão mapa, mapa na mão, o mundo na palma da mão.
Parabéns ao blog pelo premio. Merecido. Há muito frequento e esta linkado no Varal, pela sua qualidade.
Essa era boa para o próximo número da Big Ode. Aqui fica o convite
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