09 abril 2007

In the palm of our hands (Road Lines)

Mónica de Miranda , In the palm f our hands

37 comentários:

Anónimo disse...

"Em lugar das mãos o mundo."

Um poema de que me lembrei , não sei se é exactamente esse o nome mas o autor é Sérgio Xerepe. Hei-de to deixar aqui.
J.

Bandida disse...

o link funcionou. e fiquei deslumbrada. obrigada.

vou fazer um link para aqui se não te importas.

beijo


B.
_______________________

Anónimo disse...

"mapa não é território" dizia alguém. um mapa contrói-se assim, com gestos e passos.

Art&Tal disse...

palmira multi-funçoes?

sao sempre santas as maozinhas

todos os caminhos lá vão dar


ps: e tu no this&that...

4 dias?

Anónimo disse...

"...Eu sou uma viajante nem no estrangeiro nem em casa - estou entre a linha que divide os dois, a cruzar fronteiras de paisagens transientes de geografias e identidades com mapas culturais em transformação”

Gosto muito dessas mãos/corpos/paisagens/viagens.

hfm disse...

Magnífico!

Anónimo disse...

.
mãos feitas para viajar e sentir tudo de todas as maneiras.
.

Naked Lunch disse...

vou fazer uma música sobre mãos... apeteceu-me... esta semana, ainda... para um diálogo entre mãos (daquelas sem mapas, ainda assim, é mais simples´)

Lady Snowblood disse...

Muito bonito. Mãos que falam, respiram e transpiram experiências, vidas...
À espera de serem agarradas!

Anónimo disse...

Geografias e identidades marcadas por uma impressão muito mais que digital. Não conhecia.
Z.C.

Naked Lunch disse...

feito ;)

intruso disse...

(estou com o art&tal...
santas as mãozinhas,
todos os caminhos lá vão .........)

um mapa é sempre um segredo (acho eu)
a visão de um pássaro com memória, que nunca ninguém tem assim.

gosto de mapas
e de mãos.


[p.s.
por aqui mostram-se mapas e mãos e segredos,
e citam-se poetas e fazem-se perguntas e inspiram-se músicas...
é bom estar de volta]

Anónimo disse...

Onde é a estrada do destino?
Inês

disparosacidentais disse...

(estou muito feliz por ter conseguido voltar a aceder aqui, disparos.)

M.M. disse...

Ainda estás ai?
E férias, amigo? Eu estou a precisar. Muito. E tu?
Queres ir ao teatro?
Diz qualquer coisa. É em Oeiras.

purita disse...

mas isto agora as mãos é que estão a dar?

Anónimo disse...

O Monólogo das Mãos, de Ghiaroni tem algumas frases de que gosto...aqui to deixo.

Para que servem as mãos?

As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever…

As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário; Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena; foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos, David agitou a funda que matou Golias; as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena; Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!

Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.

A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir; o bom amparar e o justo punir; o amante acariciar e o ladrão roubar; o honesto trabalhar e o viciado jogar. Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!

Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!

As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.

Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor. Os olhos dos cegos são as mãos. (Os surdos falam com as mãos)

As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros. O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.

Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas. A mão aberta, acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada mostra a força e o poder; empunha a espada, a pena e a cruz!

Modela os mármores e os bronzes; dá cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.

O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de fidelidade. O noivo para casar-se pede a mão de sua amada; Jesus abençoava com as mãos; as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.

Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.

Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.

E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.

Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.

E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.

E as mãos dos amigos nos conduzem…

E as mãos dos coveiros nos enterram!


R.

intruso disse...

[tenho umas mãos para pôr nos segredos...
fica para amanhã...]

Maria Romeiras disse...

O Universo numa Casca de Noz...

Bom link.

JFA disse...

Nunca me lembraria de fazer um mapa de estradas numa mão...

Encontra-se de tudo neste blog.

Frioleiras disse...

PALMA da mãos ...

gosto tanto da palavra PALMA...
digo,
também, sempre !

PALMA dos pés...

PALMA, Páscoa,

pés, mãos = andar, fazer, viver

linhas tortas disse...

Destinos (na palma da mão). Leituras.

cecília r. disse...

muito bom.

Frioleiras disse...

Acabei...
há bocado...
de queimar, inopinadamente,
a "palma" dos dedos indicador e grande...
da mão esq....
a palma de dois dos meus dedos !

Anónimo disse...

Diz-se planta dos pés...

Anónimo disse...

Gostei dessas mãos, e dos caminhos que se abrem por aqui.

abraço
Paulo Castro

Lis disse...

Perdido(a) nos caminhos? Que é feito de ti?

Art&Tal disse...

o que transporta essa mao?

quilometros

toneladas

intruso disse...

[enviei-te as mãos...
as tais...
ainda não deu para postar...]

Unknown disse...

mãos gastas, perdem o caminho??

Anónimo disse...

Marcas que são como mapas.

Procurei por ti por todas estas ruas,
por todas estas casas
onde dormem velhotes e pequenas crianças zombam
dos vizinhos.

Procurei porque nada havia para fazer, e
nada do que fizesse me poderia trazer aqui.

Por isso, perdi-me.

Quando entrava pelas casas, julgava que te via
num quadro,
numa janela,
num retrato
onde me parecia demasiado semelhante a figura dos
lábios ou das pálpebras.

Aprendi que nada era assim. Hoje, seguro
com força os pedaços de papel que se rasgaram
quando comecei a caminhar

e ainda hoje caminho.

As ruas tornaram-se pedaços molhados da minha
consciência - não acredito em nada do que me dizem,
entre as janelas de paredes calcinadas.

A tinta que as rege cai.

Costumo pôr-me a olhar para elas, pensando
quiçá como seria se te desenhasse nelas, ou no
chão. Respondi-me que não poderia fazê-lo, porque
assim o mundo teria demasiado peso para suportar

demasiadas caras que apagar.

Suportamos o silêncio hoje, porque as palavras
já escoam fora do nosso corpo; perdemos o rio que
as mãos se tornam quando nascemos - perdemos a
inocência dos nossos rostos - e agora
vou para ali

para longe
de onde vim.

Perder-me-ei porque assim parece que se torna
necessário para viver.

Vou pedir-te que tenhas um nome antes
de adormecer. Vou ver-te - onde, não sei - mas,
antes disso, antes desse momento - em que se tornem
exíguos os nossos corpos - não direi nada:
não grito.

Permite-me que ecoe por aqui o que se
escreve dentro de mim: escrevo praias onde
nunca mergulhei, ouço conversas dos vizinhos que
doem como gritos, como criticas, como armas
arremessadas contra a minha sombra.

Como te disse: permite-me que me ecoe.
Evitei que me descongregasse pela terra, pensei
que assim poderia tocar-te no ombro e dizer-te
que estou aqui, onde tu não podes ver

onde as crianças não conseguem chegar
onde os velhos não conseguem viver.

Estou por aqui, enquanto te deixo permanecer
no cheiro que trago nas vestes, enquanto me dispo
e deixo que me vejas.

Agora tenho em lugar das minhas mãos uma grande
mancha azulínea, que me recorda que um dia aqui existiu
o mundo e que agora não há mais tempo
para nada.


Sérgio Xarepe
- "Em lugar das mãos o mundo."

J. (Tinha dito que to deixaria aqui)

Bandida disse...

continuo a percorrer-te a palma da mão...




beijo


B.
__________________________

pandoracomplexa disse...

faz lembra um trabalho do Martin Guixé sob o metro de londres.....

[A] disse...

...as linhas com que se desenha a vida.

Precisas de um turbante?

Art&Tal disse...

sempre vais a fatima?

vai lá estar muita gente este fim de semana

peregrinações

vai antes em maio

vou contigo

a pé

Anónimo disse...

Monica , muito boa sua mão mapa, mapa na mão, o mundo na palma da mão.
Parabéns ao blog pelo premio. Merecido. Há muito frequento e esta linkado no Varal, pela sua qualidade.

Digo Perigo disse...

Essa era boa para o próximo número da Big Ode. Aqui fica o convite