29 julho 2005
Objectos Lisboetas III-Libania
“E veem então as creaturas secundarias, que aparecem nos bailes, a denunciar a decadencia irremediavel: a Catalina, notavel no seu tempo, por ter rebentado quarenta contos n’um ano a um janota que lamenta hoje a falta d’esse dinheiro, loucamente esbanjado; a Montrésor, que ainda defende, com sucesso, a sua decrepitude; a Angela Damasceno por alcunha a Macaca, assim apodada pelas suas visagens simiescas; a Branca Maluca, megalomana e insignificante; a Libania, que serviu de modelo á Verdade, da estatua do grande Eça; a Daria e a Amadora, duas irmãs espanholas, que Lisboa inteira admirou; D. Florinda, a Barbuda, aproveitando a ebriaguês dos bailes para promover o recrutamento da sua escravatura de carne branca; e finalmente a Barbara dos Trapos, semprew em cabelo como uma genovesa, para esibir o brilho do seu penteado monumental."
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3 comentários:
Merditas:
A Libania, diga-se de passagem, não é nada para deitar fora.
Aliás sempre me fez confusão aqueles dois. Um, vestido a preceito, e o outros, a Libania, toda nua, esplendida, no seu corpo, à mercê daquele de bigodes e de toda a gente que passa por ali. Não é de admirar que qualquer bêbado, às 5 da manhã, vindo do Cais do Sodré ou do Bairro Alto, sózinho, frustrado por ver todos os outros engalfinhados e ele nada. Olha para aqueles dois e ... ou corta-lhe um dedo, quando não é um braço.
Agora com o bronze já é mais dificil. Ainda por cima é frio e, mesmo quem esteja por tudo e queira um a três (à portuguesa) não dá jeito. E não sei se a Libania estava numa dessas. Para o dos bigodes é indiferente, ele pensa é no seu trabalho literato.
Bem, não me vou alongar mais.
Beijos ... na Libania
Kienholz
mas quem á a creatura secundaria Libania?
secundária não...primária!
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