Many years ago, when I was looking over Piranesi’s, Antiquities of Rome, Mr. Coleridge, who was standing by, described to me a set of plates by that artist, called his Dreams, and which record the scenery of his own visions during the delirium of a fever. Some of them (I describe only from memory of Mr. Coleridge’s account)represented vast Gothic halls, on the floor of which stood all sorts of engines and machinery, wheels, cables, pulleys, levers, catapults, &c. &c., expressive of enormous power put forth and resistance overcome. Creeping along the sides of the walls you perceived a staircase; and upon it, groping his way upwards, was Piranesi himself: follow the stairs a little further and you perceive it come to a sudden and abrupt termination without any balustrade, and allowing no step onwards to him who had reached the extremity except into the depths below. Whatever is to become of poor Piranesi, you suppose at least that his labours must in some way terminate here. But raise your eyes, and behold a second flight of stairs still higher, on which again Piranesi is perceived, but this time standing on the very brink of the abyss. Again elevate your eye, and a still more aërial flight of stairs is beheld, and again is poor Piranesi busy on his aspiring labours; and so on, until the unfinished stairs and Piranesi both are lost in the upper gloom of the hall. With the same power of endless growth and self-reproduction did my architecture proceed in dreams. In the early stage of my malady the splendours of my dreams were indeed chiefly architectural; and I beheld such pomp of cities and palaces as was never yet beheld by the waking eye unless in the clouds.
Thomas de Quincey, Confessions of an English Opium-Eater (1821-22)
M.C. Escher, Convex and Concave, 1955
20 comentários:
Vou-me sentar num degrau e fazer o download dessas confissões!
I.
adivinhei que ia ver o Echer...rs
deixo para depois a a parte difícil.
bj
"S"
caiu...
ao cheirar o eter
todos os passaros me pareciam trombones
eu até estava admirada de ainda não ter aparecido este...
'Imaginary Prisons' e imaginary stairs...
Olha difamadora, a fdp que destabiliza a Blogosfera dedilhando pessoas como teclas de piano.
Escadas entre o Século Dezoito e Vinte...os mesmos espaços desconectados e escadas que não nos levam a lugares determinados.
J.
a descrição do de quincey lembra-me um conto do borges, sobre os imortais e o seu palácio de escadas obsoletas... sempre imaginei esse palácio semelhante a este, do piranesi.
os desenhos milagrosos do Piranesi
(coincidências tramadas...)
p.s.
bom link pra ver tudo...
afinal, qual é o simbolismo das escadas, que aparecem invariavelmente nos sonhos maus?? (ou confusos, pelo menos??)
Mandelbrot não faria melhores posts. Gosto muito das duas sequências. Gosto do Calvin como crítico de arte (há muitas tiras que podem ser bem rentabilizadas, esta ficou genial aqui).
será que lá em cima a música fica mais próxima?
i'll follow the stairs.
B.
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o ópio como esperança de aumentar a racionalidade e o sentido de harmonia.
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está bem.
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Nunca pensei que os degraus me descansassem.
Z.C
eu gostava de ter destas febres criativas...ou tão somente(!)como a do Calvin...;)
"[...]sobre as escadas pousam outras escadas em negativo[...].De Argia, daqui de cima, não se vê nada; há quem diga: "Está lá embaixo" e é preciso acreditar; os lugares são desertos. À noite, encostando o ouvido no solo, às vezes ouve-se uma porta que bate..."
objectivos. hum...
O que é bom é ter boa vida para não pensar nestas coisas.
vida light, com muita light.
Olá !
Obrigada pela visita ao meu blog .
Desculpe só responder agora mas isto da preguiça ... :)
Leonor
... para quando as escadinhas da mouraria?
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