18 novembro 2005

Os irmãos Duchamp

Os três irmãos, da esquerda para a direita: (Henri Robert) Marcel Duchamp (1887–1968), Jacques Villon (1875-1963) e Raymond Duchamp-Villon (1876-1918) no jardim do estúdio de Jacques Villon em Puteaux, França, em 1914. Participaram os três no Armory Show em Nova Iorque, 1913.

A irmã Suzanne Duchamp, em "Jeune Fille Vue de Dos", 1906, Jacques Villon (Gaston Duchamp).

Marcel Duchamp, "Jeune Homme et Jeune Fille dans le Printemps", 1911, óleo sobre tela.

"Schwarz advances his notion that Duchamp harbored an unconscious incestuous desire for his younger sister, Suzanne. The only evidence he presents in support of this theory is Duchamp's work, particularly the painting Young Man and Girl in Spring (1911), which the artist gave to his sister as a wedding present that year (and which later formed part of Schwarz's private collection of works by Duchamp)", Francis M. Naumann, "Art in America", Jan. 1998.

"Baudelaire", bronze, 1911, Raymond Duchamp-Villon.

"The Horse", 1914, Raymond Duchamp-Villon.

"Le potin", 1905, Jacques Villon (Gaston Duchamp).

"La table à manger", Jacques Villon (Gaston Duchamp), 1912.

Gravura de Jacques Villon, 1921, representando a escultura "Baudelaire" do irmão Raymond Duchamp-Villon de 1911.

"La Mariée", 1912, Marcel Duchamp.

"Broken and Restored Multiplication", 1918-19, óleo e papel prateado sobre tela, Suzanne Duchamp-Crotti.

20 comentários:

Anónimo disse...

Pois é petitesmerdes, eu do Duchamp sabia do urinol mas não do incesto desejado, nem dos irmãos igualmente artistas.
Numa cadeira qualquer da faculdade, um professor insistiu bastante na importância desse ser Marcelo Do Campo. Evidentemente, reconhecer importância não é necessariamente gostar, no meu caso longe disso mesmo.
Faltando-me know-how para mais do que comentar um post, aqui fica neste comentário, o post que eu queria postar, se não é uma e a mesma coisa, que eu sou novo na blogosfera e parti a minha bússola.
Enfim, certamente já viram por aí o cartaz de campanha do Cavaco com o slogan "Portugal precisa de Si". Provocou-me transpiração oral que, mastigando-o como mote, me fez cuspir a seguinte glosa...

" Portugal precisa de Si...
E de Dó e de Ré e de Mi,
E de Fá e de Sol e de Lá,
E do Cavaco expulso de cá! "

Anónimo disse...

Incesto incesto o tanas. Estão a denegrir uma familia do campo para quê?
Cá p'ra mim o urinol é para vazarem a fel.
Gostei do post.

blogático

Anónimo disse...

http://arthist.binghamton.edu/duchamp/Shovel.html
http://www.huntfor.com/absoluteig/duchamp.htm
Depois da exposição da secção dourada , Juan Gris(1912 ) dizia "Une toile devait etre raisonné avant d 'etre peinte". Mais um dos meninos de oiro....
C.M.

Anónimo disse...

Mas nem todos pensam assim.
No começo da linguagem está a emoção e as “paixões”, diz Rousseau: “on ne commença pas par raisonner, mais par sentir (…) Ce n’est ni la faim ni la soif, mais l’amour, la haine, la pitié, la colère, qui leur ont arraché les premières voix” (4). Nietzsche, por sua vez, insiste no facto que as palavras da linguagem designam originalmente estados, necessidades, sentimentos, desejos: a palavra é emoção e grito, antes de ser signo e conceito (Verdade e mentira no sentido extra-moral, 1873).

Anónimo disse...

Gosto de Mondrian , não será outro fanático do numero de ouro?

http://www.defatima.com.br/saladeaula/dicaouro.htm#
Há uma animação que mostra o número de ouro neste link.
Afinal onde coloco “isto” na tela?

Anónimo disse...

Um abraço aos do Campo. E gracias pelos links.

Anónimo disse...

Esta é para Coolme (ainda bem que não vemos todos o mesmo lado das coisas, não acha?):

"Chez Deleuze, nous entendons le témoignage d'une pensée comme exclamation, quand Deleuze parle de vocalisation des idées, il nous rappelle l'origine exclamative du concept, à savoir que le concept ou les idées du philosophe ne naissent pas au terme d'un raisonnement, mais provoquent un raisonnement par un cri initial. Ce cri, c'est un saisissement, un surgissement, une sorte d'énorme détonation, qui ressemble tant à une exclamation que Deleuze ira jusqu'à dire que les principes de la raison sont des cris. Pour aller dans votre sens, je rappelle que Bachelard à propos de Lautréamont, parlait de «vérités de cris»".
http://www.liberation.fr/page.php?Article=339219

Alguém foi espreitar o chat sobre Deleuze, na Sexta, no Libération? (pergunta retórica não inquisitorial...)

Vagabundo disse...

Excelente sequência...vou assaltar
o teu post e carregar ás costas a duas do Baudelaire...
Sobre a ajuda que pediste sobre Artaud, já vasculhei toda a informação que possuo e .. népia, não chego lá.

Abraço Vagabundo

Anónimo disse...

Também gosto da sequência. O Merdinhas é um Senhor.

Naked Lunch disse...

... pois é! Grande abraço. Para quando um comentário sobre Burroughs???

Anónimo disse...

Merdinhas pode ser nome de mulher.
Aliás vejam no email....Pandora Groovsnore...

Poor disse...

bom trabalho, também não sabia algumas coisas (muitas, aliás!)

Anónimo disse...

O nome que aparece no email é Merdinhas (quando há resposta é Pandora G.) mas também não nos diz nada. Não tinha percebido mas é uma das mulheres da B.D. do Hugo Pratt.

C.M.

Anónimo disse...

Descobri que Marcel Duchamp jogava xadrez e representou a França em quatro olimpíadas internacionais.
Inoportuno mas engraçado.(Eu jogo xadrez)

Z. C.

Anónimo disse...

Um conhecimento para "além da retina", para além da sensação visual é fundamental para entender Duchamp....

Por exemplo o comentador malvado Zavaroff teria que ter um repertório diferente para gostar de Duchamp, embora o entenda, ou seja, tem repertório.

Quantas vezes já não ouvimos pessoas a dizer , diante de um Pollock ou de Mondrian: "O meu filho também faz isso". Mas face a uma instalação da treta não o dizem.... Ao participar, 'decodifica-se' a obra e parece que ela passa a ser entendida enquanto arte. Se se entende ao participar, então não se acha ignorante. Truques da post modernidade...

Anónimo disse...

Nietzsche chama "transmutação de valores" ao niilismo. Tal não consiste apenas na modificação de objectos , consiste também no desaparecimento do "lugar" em que se situavam.
Duchamp seria niilista?

Mocho Falante disse...

Olá viva

venho agradecer a tua visita lá no burgo

abraços

Anónimo disse...

Sobre o que diz o BP: O exemplo que dou (talvez mau) não invalida que pense que adere mais facilmente a um objecto, artistico ou não, quem tem mais referências pois a "descodificação" é mais fácil. E, sendo mais fácil descodificar, é mais fácil gostar.
Gostar do urinol do Duchamp, sem saber a sua história parece-me complicado. E, normalmente, gosta-se ou não, não racionalizemos demais.
Zaroff não gosta, eu gosto.

Anónimo disse...

Merdinhas dixit. O link do Armory Show é ÓPTIMO.

Anónimo disse...

desconhecia que jacques villon e marcel duchamp eram irmãos.
marcel é dos meus artistas favoritos. era sem dúvida um senhor mui inteligente e visionário.