"Os filmes e videos que se seguem apropriam propriedade intelectual, seja através da utilização de sequências, de música não autorizada ou planos de material com direitos de autor ou marca registada. (Hoje me dia, os cineastas têm de pedir autorização para quase tudo o que é t-shirt de concerto, logotipo de loja ou qualquer outro tipo de propriedade intelectual que apareça por acaso no ecrã".
Joe Gibbons
"Barbie's Audition", Pixelvision, 1995, 12 min.
"Barbie torna-se vítima de assédio e exploração sexuais. Apesar do filme ter sido seleccionado para [o festival de cinema independente de] Sundance , os advogados da organização, preocupados com o papel da boneca, acabaram por vetar a sua participação".
Keith Sanborn
"The Artwork in the Age of its Mechanical Reproducibility by Walter Benjamin as told to Keith Sanborn", video, 1996.
"Trata-se de uma tentativa de problematizar as questões da propriedade e da autoria na era da reprodução digital. Inspirada pelo ensaio homónimo de Walter Benjamin e pelas actividades dos Situacionistas".
O texto de Benjamin pode ser encontrado aqui em inglês e aqui em castelhano e aqui o mais famoso dos textos situacionistas.
26 outubro 2005
23 outubro 2005
"Or is that your way to hide a broken heart?"
O original: Leonardo da Vinci, "Retrato de Lisa Gherardini, mulher de Francesco del Giocondo", entre 1503-06.
O ajuste de contas anti-humanista: Kasimir Malevich, "Eclipse Parcial. Composição com Mona Lisa", 1914: por baixo da Gioconda lê-se "aluga-se apartamento". Um vazio, portanto: apagar para dar lugar ao novo. Um nihilismo construtivo bem à russa.
A apropriação de Marcel Duchamp, "L.H.O.O.Q.", 1919: o autor visível na sua obra, as questões da sexualidade e a irreverência perante um ícone do academismo. Rapto ou roubo, em imagem, da célebre figura. Lido foneticamente, o falso acrónimo do capitalismo empresarial e da burocracia moderna, "L.H.O.O.Q.", resulta em: "elle a chaud au cul", "ela tem fogo no cú".
"L.H.O.O.Q. - Rasée", 1965: Duchamp em nova apropriação, tardia, em muito equívoca devolução às origens: a "L.H.O.O.Q." "original" tornou-se tão célebre que o quadro do Louvre parece a sua cópia de "look barbeado"?
A apropriação crítica da apropriação: Salvador Dalí, "Auto-retrato Como Mona Lisa", 1954. Com bigode à Dali, torna óbvio o carácter auto-retratístico já esboçado por Duchamp - e parodia o notório gosto por dinheiro de que os surrealistas acusavam o autor.
Fernand Léger, "Mona Lisa com Chaves", 1930: uma visão utópica do futuro que não oblitera a tradição?
A imagem separa-se do seu suporte e serve a mercadoria, circulando no mundo da cultura de massas. Da arte para fora da arte: para o consumo.
Do consumo mediático das massas para a arte: reapropriação apenas como imagem - mas em elevação a pop star: o quadro quinhetentista visitava os EUA, por deferência de Malraux para com Jackie Kennedy, Bouvier em solteira. Andy Warhol, "Double Mona Lisa", 1963.
Ultrapassando a reformulação publicitária do "Belo" clássico. Botero com a sua "Mona Lisa" enquanto jovem, de 1977.
Pensando criticamente a origem "étnica" e a sexualidade. Mais exactamente a maternidade. Morimura Yasumasa, "Monna Lisa in Pregnancy", da série "Self Portrait as Art History", 1998.
Jean Michel Basquiat, "Mona Lisa", 1983: "Every line means something”.
Museu do Louvre, Paris.
O ajuste de contas anti-humanista: Kasimir Malevich, "Eclipse Parcial. Composição com Mona Lisa", 1914: por baixo da Gioconda lê-se "aluga-se apartamento". Um vazio, portanto: apagar para dar lugar ao novo. Um nihilismo construtivo bem à russa.
A apropriação de Marcel Duchamp, "L.H.O.O.Q.", 1919: o autor visível na sua obra, as questões da sexualidade e a irreverência perante um ícone do academismo. Rapto ou roubo, em imagem, da célebre figura. Lido foneticamente, o falso acrónimo do capitalismo empresarial e da burocracia moderna, "L.H.O.O.Q.", resulta em: "elle a chaud au cul", "ela tem fogo no cú".
"L.H.O.O.Q. - Rasée", 1965: Duchamp em nova apropriação, tardia, em muito equívoca devolução às origens: a "L.H.O.O.Q." "original" tornou-se tão célebre que o quadro do Louvre parece a sua cópia de "look barbeado"?
A apropriação crítica da apropriação: Salvador Dalí, "Auto-retrato Como Mona Lisa", 1954. Com bigode à Dali, torna óbvio o carácter auto-retratístico já esboçado por Duchamp - e parodia o notório gosto por dinheiro de que os surrealistas acusavam o autor.
Fernand Léger, "Mona Lisa com Chaves", 1930: uma visão utópica do futuro que não oblitera a tradição?
A imagem separa-se do seu suporte e serve a mercadoria, circulando no mundo da cultura de massas. Da arte para fora da arte: para o consumo.
Do consumo mediático das massas para a arte: reapropriação apenas como imagem - mas em elevação a pop star: o quadro quinhetentista visitava os EUA, por deferência de Malraux para com Jackie Kennedy, Bouvier em solteira. Andy Warhol, "Double Mona Lisa", 1963.
Ultrapassando a reformulação publicitária do "Belo" clássico. Botero com a sua "Mona Lisa" enquanto jovem, de 1977.
Pensando criticamente a origem "étnica" e a sexualidade. Mais exactamente a maternidade. Morimura Yasumasa, "Monna Lisa in Pregnancy", da série "Self Portrait as Art History", 1998.
Jean Michel Basquiat, "Mona Lisa", 1983: "Every line means something”.
Museu do Louvre, Paris.
20 outubro 2005
Watching
"...the fruits of idleness are more precious than the fruits of labor."
Walter Benjamin
(Este link precisa de alguma busca. A referência à frase surge no 9º§. Um mais alongado texto sobre a obra em questão de Benjamin encontra-se aqui ).
18 outubro 2005
Daciano da Costa (1930-2005)
Morreu hoje Daciano da Costa que se destacou pelos seus projectos de arquitectura de interiores, de design de exposições e de design industrial e por uma importante actividade pedagógica. Dos seus principais trabalhos destacam-se a Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa (1961), a Biblioteca Nacional (1968), a Fundação Calouste Gulbenkian (1969) ou o Centro Cultural de Belém (1990-92).
Aqui um artigo na "Archimagazine". Aqui a empresa de mobiliário "Larus".
Aqui um artigo na "Archimagazine". Aqui a empresa de mobiliário "Larus".
Etiquetas:
arquitectura,
Daciano da Costa,
Design
17 outubro 2005
PROIBIDO O ACESSO
"Malefícios da censura
Problema: o governo do estado de Santa Catarina [Brasil] censura os blogues (tudo que tenha blogue ou fotologue no endereço) em seus computadores. Portanto, o pessoal que trabalha em repartição pública e lia a minha coluna quando eu a colocava aqui, a partir de agora ficará sem poder lê-la, porque ela foi para um lugar cujo endereço tem “blog”.
Minha primeira reação, quando me lembrei disso, foi arranjar um outro lugar pra coluna. Mas aí pensei cá comigo: por que devo me curvar dessa maneira? Por que os companheiros servidores têm que se curvar?
Tenho muitos leitores no governo porque, na coluna, às vezes trato do governo ou de alguns de seus integrantes (e nem sempre com elogios ou referências simpáticas). No meu caso, portanto, a censura tem caráter político, de censura propriamente dita. Violência contra a liberdade de informação.
Claro que os doutos censores dirão que estão preocupados com outros sites, de conteúdo fútil, ameaças sólidas de corrupção para as mentes sadias dos servidores. Como se o sujeito mal intencionado não encontrasse diversão fora de sites com endereço “blog”, “fotolog” ou “sex”.
Lamento, caros amigos e leitores, mas a transcrição da coluna continuará em deolhonacapital.blogspot.com e quem se sentir ameaçado pela censura deve colocar a boca no trombone nos ouvidos de quem pode suspender a censura.
A coluna no www.diarinho.com.br escapa da censura política, mas como é para assinantes do jornal, esbarra na censura econômica (com a qual concordo, porque pretendo pedir aumento de salário). E para mantê-la aqui, acabo desfigurando o Carta Aberta, http://www.gardenal.org/cartaberta/que pretendo que continue sendo apenas uma espécie de livro de crônicas".
César Valente, no blog Carta Aberta .
Watching us...
"Alegando tendência para difamação
Autoridade quer acabar «blogs»
A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) pretende acabar com os chamados «blogs», páginas de opinião muito em voga na Internet, alegando que estes sítios são frequentemente utlizados para difamação, afirmou ao EXPRESSO Online Pedro Amorim, especialista em direito para as novas tecnologias da informação.
O jurista falava à saída do seminário «Ciberlaw'2004», organizado pelo Centro Atlântico, que decorreu na terça-feira no Centro Cultural de Belém
«Os blogs estão cada vez mais a ter uma relação com o jornalismo, e prevê-se uma grande tendência para a difamação. O objectivo da ANACOM é acabar com a criação de "blogs" e espero que seja cumprido», disse Pedro Amorim.
Quando questionado acerca dos problemas que marcam a sociedade de informação, Pedro Amorim aponta os direitos de autor como um dos mais preocupantes - «será sempre um dos problemas do mundo digital. Mas isto leva também à tendência da segurança 'versus' liberdade de expressão, que vai ainda pôr em causa este último princípio».
A protecção dos consumidores é outra das preocupações, uma vez que eles «são os mais lesados, por exemplo, numa venda on-line. O consumidor é sempre a parte fraca».
«Devia haver apenas uma entidade para a defesa dos consumidores, contrariamente às "n" que existem», salientou. Pedro Amorim esteve presente no Seminário «Ciberlaw'2004», organizado pelo Centro Atlântico, que decorreu no Centro Cultural de Belém".
O "link" do semanário que publica o artigo está no título do "post" e a ANACOMda está aqui . Os ciberlawyers, esses, estiveram aqui .
Autoridade quer acabar «blogs»
A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) pretende acabar com os chamados «blogs», páginas de opinião muito em voga na Internet, alegando que estes sítios são frequentemente utlizados para difamação, afirmou ao EXPRESSO Online Pedro Amorim, especialista em direito para as novas tecnologias da informação.
O jurista falava à saída do seminário «Ciberlaw'2004», organizado pelo Centro Atlântico, que decorreu na terça-feira no Centro Cultural de Belém
«Os blogs estão cada vez mais a ter uma relação com o jornalismo, e prevê-se uma grande tendência para a difamação. O objectivo da ANACOM é acabar com a criação de "blogs" e espero que seja cumprido», disse Pedro Amorim.
Quando questionado acerca dos problemas que marcam a sociedade de informação, Pedro Amorim aponta os direitos de autor como um dos mais preocupantes - «será sempre um dos problemas do mundo digital. Mas isto leva também à tendência da segurança 'versus' liberdade de expressão, que vai ainda pôr em causa este último princípio».
A protecção dos consumidores é outra das preocupações, uma vez que eles «são os mais lesados, por exemplo, numa venda on-line. O consumidor é sempre a parte fraca».
«Devia haver apenas uma entidade para a defesa dos consumidores, contrariamente às "n" que existem», salientou. Pedro Amorim esteve presente no Seminário «Ciberlaw'2004», organizado pelo Centro Atlântico, que decorreu no Centro Cultural de Belém".
O "link" do semanário que publica o artigo está no título do "post" e a ANACOMda está aqui . Os ciberlawyers, esses, estiveram aqui .
16 outubro 2005
Always watching you
Edmond O'Brien veste o personagem de Winston Smith na versão de 1956 (Reino Unido) de "1984", dirigida por Michael Anderson.
"Will Ecstasy Be a Crime... In the Terrifying World of the Future? Amazing wonders of tomorrow! Nothing like it ever filmed! From the Startling George Orwell Novel! SEX OUTLAWED...in the terrifying world of tomorrow!"
"Quando a lenda for mais interessante que a realidade, imprima-se a lenda"
É outro personagem de O'Brien, Dutton Peabody, que o diz, em "The Man Who Shot Liberty Valance" (1962), de John Ford (Sean Aloysius Feeney, 1895-1973), provavelmente o mais "americano" dos realizadores. A frase colar-se-ia de tal maneira ao cineasta que hoje lhe é, vulgarmente, atribuída. Boa divisa para o tipo que fazia westerns e se chamava John Ford.
Etiquetas:
1984,
George Orwell,
John Ford,
Watching you
12 outubro 2005
Copias e Coincidencias
A recente exposição (de 8 de Setembro até 2 de Outubro) "COCOS. Copias y coincidencias. En defensa de la innovación en el diseño”, no Museu da Ilustração de Valencia, denunciou o plágio criativo e analisou as fronteiras entre cópia e coincidência mostrando vários exemplos que vão desde a cópia ilícita até ao acto meramente fortuito de haver coincidência de uma ideia ou de uma forma.
Protagonista de histórias de cópias e coincidências é sem dúvida Damien Hirst.
Hirst e as suas instalações de medicamentos, os seus animais conservados em formol (tal como no Teatro Anatómico de um post que já lá vai - por coincidência...), as suas borboletas ou a apropriação de um brinquedo da Humbrol, transportado para o bronze, numa escala cinco vezes maior, e apresentado sem qualquer referência ao fabricante de brinquedos, mas mantendo as cores com que fora comercializado.
Brinquedo monumentalizado e nobilitado pela escala e pelo bronze, adquirido pelo galerista Charles Saatchi por cerca de um milhão de libras – para indignação daqueles que não viram na peça senão uma “cópia exacta” de um velho brinquedo - um simples plágio, portanto.
E foi o mesmo Damien Hirst, que afirmou à BBC que os ataques do 11 de Setembro foram obras de arte “visualmente poderosas” e que os seus perpetradores "deviam ser felicitados”. "Tem de se lhes dar crédito, a algum nível", disse ele dos terroristas, "porque eles conseguiram algo que ninguém pensara ser possível”. Mais tarde, iria afastar o rabiosque da proverbial seringa, sublinhando: “I value human life”.
Entretanto, enquanto Hirst elogiava a Al Qaeda, uma artista neozelandesa, Gail Haffern , dizia à “Auckland Art Press” que a destruição do World Trade Center, embora ocupado por pessoas, foi “maravilhosa… porque foi uma ideia nova”. Juntavam-se, assim, ambos, ao músico alemão, Karlheinz Stockhausen , que qualificara os atentados como “a maior obra de arte de sempre” – embora com posteriores explicações.
Estamos a entrar, agora, nas coincidências. Sem sequer se conhecerem, Michael Luther e Damien Hirst, pintaram quadros bastante semelhantes inspirados numa mesma fotografia de jornal que ilustrava uma operação de resgate de iraquianos feridos na sequência de um ataque terrorista no Iraque. Dois pintores, duas nacionalidades, mas certamente uma série de afinidades culturais que os levaram a esse resultado. Lembro-me de Roland Barthes: ainda haverá autores?
Charles Saatchi, ligado à celebrização de Damien Hirst, foi o comprador, como vimos, do gigantizado brinquedo anatómico do artista britânico. Nasceu no Iraque, filho de judeus iraquianos que emigraram de Bagdade para o Reino Unido.
São ténues as fronteiras entre apropriações legitimas, cópias e coincidências.
Da cópia ilícita direi apenas o que, de um modo geral, resulta da legislação em vigor em Portugal, ou seja, não basta a reprodução não autorizada da obra ou da prestação, é também necessário que o autor da reprodução a apresente como sua.
Em 1913, Marcel Duchamp concebia os seus primeiros "ready made", dos quais a imagem mais conhecida hoje em dia é, talvez, a "assemblage" Roda de Bicicleta. Quatro anos mais tarde, expunha em Nova Iorque o primeiro “ready made” a conseguir notoriedade: um urinol assinado e datado, a que foi dado o título “Fountain”. Inaugurava o tempo em que a escolha dos objectos, é, por si só, um acto de criação artística independente da execução material da obra. Qualquer objecto se pode tornar arte.
Longe vão as apropriações heróicas – e ingénuas. Nos anos 90, Claudia Schiffer opôs-se a que o artista pop Mel Ramos, seguindo uma prática de três décadas, a pintasse nua dentro de um hot dog ou de um copo de vermute. Um tribunal de Hamburgo deu razão à top-model e ordenou a retirada dos quadros de uma galeria de arte por os considerar ofensivos e por atentarem contra a vida privada da mediática alemã, proibindo também a sua reprodução em catálogo.
Jeff Koons, para utilizar imagens, objectos e logotipos propriedade das grandes empresas tem de recorrer à sua anterior experiência profissional como corretor para, de fato e gravata, negociar as condições da apropriação artística com Hoovers, Martinis ou Martells. A apropriação inversa acontece com uma publicidade cada vez mais “arte” numa cultura cada vez mais “esteticizada”. Uma campanha da Benetton utiliza o "look" Koons, vendendo umas quantas camisolas sob o pretexto da luta contra a SIDA.
Os inimigos destas estratégias artísticas enraizadas em Duchamp e no movimento Dada, começam a recorrer a elas para as ridicularizarem, esvaziando a importância do escândalo, única força que nessas práticas conseguem descortinar: é então que, num ataque aos artistas e às empresas, “Benetton” se torna “Penetton”, não só pelo trocadilho como para evitar problemas legais.
“De quien no quiere imitar a nadie, no sale nada”, apregoava Dalí – e Burroughs, por coincidência, desfazia na coincidência:
“In the magical universe there are no coincidences and there are no accidents. Nothing happens unless someone wills it to happen. The dogma of science is that the will cannot possibly affect external forces, and I think that's just ridiculous. It's as bad as the church. My viewpoint is the exact contrary of the scientific viewpoint. I believe that if you run into somebody in the street it's for a reason. Among primitive people they say if someone was bitten by a snake he was murdered. I believe that”. Receptáculos de magia.
Etiquetas:
arte,
Damien Hirst,
Duchamp,
Gail Haffern,
Jeff Koons,
Mel Ramos
Pre-post(a)
Bloggers e Vloggers. Amigos. Os tempos estão difíceis para todos. O tsunami do capitalismo submergiu o BigBlog. Hoje, ganhei $0,35 á custa da publicidade que, como já devem ter reparado, admiti no blog. A proposta antes do post: cliquem na publicidade o mais que puderem e façam as vossas buscas internáuticas a partir deste blog (através da nova janela Google) que aqui o merdinhas ganha uns tostões e agradece. No espírito dos últimos comentários, dêem-lhe com força!
08 outubro 2005
The Unseen Art of William S. Burroughs
Há uma arte inédita de Burroughs para lá da literatura e das colaborações mediáticas. A galeria londrina "Riflemaker" expõe, neste momento, desenhos, colagens, esculturas e pinturas do escritor. A exposição, dividida em três partes ("Dead Aim", "Pistol Poem", "Rifle Range") faz dialogar a obra plástica de Burroughs com a sua literatura e com os trabalhos de vários artistas, como Paul Klee, Jean Dubuffet ou Keith Haring.
04 outubro 2005
FELIZ ANO DE 5766!
Feliz Rosh Hashana que, é como quem diz, Feliz Ano Novo - judaico.
Também é chamado Yom Terouah ("dia do toque de shofar"), Yom Hazikaron ("dia da memória"), Zikhron Terouah ("memória do toque de shofar") e, por fim, Yom Hadîn ("dia do julgamento").
Hoje e amanhã comemora-se a criação do mundo e louva-se Deus. É o "dia do julgamento" em que o crente faz um exame de consciência e pede perdão ao grande juiz. Para quem nunca foi à Sinagoga de Lisboa ("Shaaré Tikvá": "Portas da Esperança"), na Rua Alexandre Herculano nº 59 (projecto do arquitecto Ventura Terra), esta é uma excelente ocasião para o fazer, aproveitando para assistir aos toques de Shofar. O Rosh Hashana é celebrado no início do sétimo mês hebraico (Tishri). Na Bíblia, Nissan aparece como o primeiro mês do ano mas é Tishri que marca o início do ano civil por nesse mês se comemorar, nomeadamente, a libertação dos escravos e a devolução das suas propriedades.
O shofar é o instrumento de sopro que vêem lá em cima, tradicionalmente feito de corno, normalmente de carneiro. O toque desse instrumento visa o arrependimento dos crentes e acontece centenas de vezes neste dia. Pode ouvir o shofar em "stream" "wav" ou fazer o "download" para "RealPlayer".
Há três tipos de sons básicos:
"Tekiah" - um som continuo, composto de várias notas.
"Shevarim" e "Teruah" - ambos compostos por sons descontínuos, nove no último caso. Há, no entanto, diferenças regionais.
A "Tekiah Guedola", é uma "Tekhiah" muito prolongada, a ser mantida por tanto tempo quanto o executante conseguir (normalmente, 30 a 40 segundos).
SHANA TOVA!!!!
Etiquetas:
Ano Novo,
Judaísmo,
Rosh Hashana,
Shofar
03 outubro 2005
Ainda pela rua
Subscrever:
Mensagens (Atom)