"Já o título excessivo destas páginas proclama a sua natureza barroca (...). São o jogo irresponsável de um tímido que não ousou escrever contos e se distraíu a falsear e tergiversar (sem justificação estética algumas vezes) histórias alheias..."
J. L. B., prólogo da edição de 1954
"Os desta AméricaDestacado sobre um fundo de paredes celestes ou de céu alto, dois rufias cingidos em séria roupa negra bailam com sapatos de mulher numa dança solene, que é a das facas iguais, até que de uma orelha salta um cravo porque a faca entrou num homem, que fecha com a sua morte horizontal a dança sem música. Resignado o outro ajeita o chapéu e dedica a sua velhice à narração desse duelo tão puro. Essa é a história pormenorizada e total da nossa maldade. A dos dois homens de peleja em Nova Iorque é mais vertiginosa e mais infâme".
Jorge Luis Borges,
História Universal da Infâmia
21 comentários:
Olha saltou-me o livro do blog. Apareceu , desapareceu. Mas tenho-o na estante. Lido e a reler.
Z.C.
Definitivamente, Jorge Luis Borges é um autor que quero ler! Que escrita!
Concordo!! É tb. um dos que quero ler!!
:)
Sandra
Olá!
Mais uma vez, que grande pontaria. Estas iniciativas são o máximo.
O Borges é um dos meus autores favoritos.
Bjs para ti.
Um livro à Quarta, um livro de e para sempre.
às vezes faz um jogos com as palavras deliciosos. mas não conheço muito bem (um livro ou dois, já meio esquecidos na memória - esqueço-me de tudo com muita facilidade, releio livros e é como se os estivesse a ler pela primeira vez...)
In a manner of speaking. Comecei-o a ler ao som desta música. Não podia ter começado melhor.
Nunca li nada dele!...
algo novo, conheço outros títulos dele, mas este nunca o tinha visto, obrigado pela dica!
Sou fã total. Recomendo o "Labyrinths"!
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o borges acompanha-me sempre!
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e em especial isto, que tenho sempre presente:
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és nuvem, és mar, és olvido
és também tudo aquilo que por ti
foi perdido
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sorry, mas não resisto (risos)
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o telefone tocou na casa de henri cartier-bresson.
a voz pausada do outro lado da linha identificou-se como jorge luís borges.
o escritor argentino pedia ao fotógrafo francês que aceitasse a nomeação para um prémio artístico atribuído por uma rica siciliana, na condição de que fosse o galardoado anterior a indicar o seu sucessor.
porquê eu? preguntou bresson, sempre avesso à ribalta.
porque eu estou cego, respondeu borges, e nomeei-o em tributo aos seus olhos.
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O Borges é o expoente máximo da literatura universal. Só.
Pois eu não quero ler o Borges!
Prefiro ler o jornal.
Anónimo das 22h47
Pôrra! Já eram 22h50!
Anónimo das 22h52
Desculpem lá! adiantei-me 1 min.
Não acerto uma. Vamos lá a ver agora.
Anónimo das 22h53
Merda, acho que vou ler o Borges!
Anónimo sem relógio
Ei Merdinhas
Passaste por mim como uma seta. Eu bem que buzinei...
beijos
Inês
Livros de cabeceira. Borges.
Problemas reais e problemas imaginários. Borges era assim, um inventor de problemas.
Abraços
Foi o primeiro livro dele que li, e não me lembro de nada... aqui está uma boa oportunidade para o reler. Obrigada pela sugestão.
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