26 outubro 2005

Arte ilegal

"Os filmes e videos que se seguem apropriam propriedade intelectual, seja através da utilização de sequências, de música não autorizada ou planos de material com direitos de autor ou marca registada. (Hoje me dia, os cineastas têm de pedir autorização para quase tudo o que é t-shirt de concerto, logotipo de loja ou qualquer outro tipo de propriedade intelectual que apareça por acaso no ecrã".


Joe Gibbons
"Barbie's Audition", Pixelvision, 1995, 12 min.
"Barbie torna-se vítima de assédio e exploração sexuais. Apesar do filme ter sido seleccionado para [o festival de cinema independente de] Sundance , os advogados da organização, preocupados com o papel da boneca, acabaram por vetar a sua participação".


Keith Sanborn
"The Artwork in the Age of its Mechanical Reproducibility by Walter Benjamin as told to Keith Sanborn", video, 1996.
"Trata-se de uma tentativa de problematizar as questões da propriedade e da autoria na era da reprodução digital. Inspirada pelo ensaio homónimo de Walter Benjamin e pelas actividades dos Situacionistas".
O texto de Benjamin pode ser encontrado aqui em inglês e aqui em castelhano e aqui o mais famoso dos textos situacionistas.

17 comentários:

Anónimo disse...

Autoria vem bem a propósito de identidades...

Anónimo disse...

Gostei do post e do site da Arte Ilegal.
Ai de quem se mater com a minha Barbie.


Ken

Sandra Neves disse...

Nesta matéria haveria um sem número de comentários que poderiam ser feitos... nomeadamente a medida em que se podem considerar efectivas apropriações alguns desses actos ou em que medida os seus autores são de facto afectados.
Uso indevido de imagens, isso será outra coisa... tadinha da barbie, então!

Anónimo disse...

A propósito de apropriação: Gesellschaft, um centro de pesquisa, reúne artistas, designers, cientistas, engenheiros e cientistas de computação, atraídos pelo pano de fundo artístico e pela vertente cultural do laboratório, como Wolfgang Strauss.

Um dos projetos do Mars, "House of Illusion", de 1994, é um espaço tridimensional em que o corpo é usado para criar uma interface entre o mundo físico e o imaterial. Os criadores inspiraram-se por uma idéia de Marcel Duchamp, em que o sentido de visão está intimamente ligado ao movimento e à mudança de ponto de vista ("os meus pés são o meu estúdio"). O espaço de "House of Illusion" é na verdade uma simulação do Castelo de Birlinghoven, a sede do Instituto Fraunhofer e é povoado por avatares, as entidades virtuais que habitam o ciberespaço.

Anónimo disse...

O plágio é necessário,
o progresso pressupõe-o

Guy Debord

Anónimo disse...

Esse post lembra-me os culture jammers. Os reis do sampler dos midia vigente, que levam o faça-você-mesmo subversivo ao mundo capitalista. Jammers são praticantes de jam (obstrução), mas são também prática ilegal de interromper transmissões de rádio ou conversas entre locutores canastrões com arrotos, obscenidades e outras provocações. Obstruidores, desordeiros ou hackers da cultura, os culture jammers incomodam as massas consumidoras seduzidas pelas técnicas de persuasão, marketing, publicidade e propaganda subliminar, controle e vigilância.

E há imensos sites com propostas de culture-jamming que podem espreitar:

Tmark
www.rtmark.com
patrocina projectos alternativos de criadores e artistas que se apropriam da linguagem e dos aparatos tecnológicos do midia.
Transgressão e projectos de risco é também a praia da revista Adbusters
www.adbusters.org
que defende a vandalização como arte e a antipropaganda como prática. Chamam a si mesmos QG dos culture jammers.
O Bilboard Liberation Front
www.billboardliberation.com
propõe o melhoramento de outdoors.
O Detritus
www.detritus.net
é uma database de sampleadores musicais da mais variada afiliação e tem uma página chamada Rhizome que dá todas as conexões do que seria uma bibliografia, bandas, músicos, sites e revistas de fãs relacionadas com isso. A propósito de Barbie a Barbie Liberation Organization hackeia a voz da boneca Barbie com a voz do boneco Joe, para questionar noções pré-concebidas sobre sexismo e violência.

Anónimo disse...

Não entendo muito bem este seu ódio de estimação pela Mary D. ( porque é a ela que obviamente se refere), nem a irritação que lhe provocam os comentários da senhora.
Sobretudo com tanto comentário idiota que aqui aparece a torto e a direito.

Percebe-se o impulso que o levou a transcrever o texto de Deleuze e Guattari, mas olhe que é um pau de dois bicos.

Só para lhe chamar a atenção para o facto que não estamos, como diz, numa ˜era pós-tubérculos˜, um deles pelo menos continua por aqui. Só mudou o estilo e a assinatura.

cumprimentos

anónimos é claro

Anónimo disse...

Caro anónimos é claro, você é um cavalheiro como já há poucos, mas nem BP se estava referir a mim nem eu preciso dum cavaleiro quixotesco para me defender. De qualquer modo agradeço-lhe a intenção.
A referência de merdinhas aos situacionistas fez-me, na verdade, muitas saudades daqueles tempos heróicos no fim dos anos 50 e das minhas amigas Elena e Michèle. E até me dá arrepios quando releio o que elas, o Guy e os outros
escreveram e a actualidade.
Cumprimentos a todos os tubérculos que por aí continuam a andar.
Mary (D)

Anónimo disse...

Estimada Senhora

Sei que não precisa de cavaleiros andantes que a defendam.
A sua vida prova-o cabalmente !

Não me referia ao último comentário deste intruso, mas sim a outro, feito no post anterior, em que a desconsidera acintosamente; desconhecendo evidentemente a pessoa a quem se dirige, já que a sua modéstia não lhe permite identificar-se abertamente, prova maior da sua verdadeira grandeza.

Permita que, respeitosamente. mantenha o anonimato.

Anónimo disse...

Bela posta de comentadores... e belo post

Anónimo disse...

Mais uma vez desenterraram o machado de guerra.
Quem o faz é normalmente esse BP, suficientemente NARCISO para ter SEMPRE que exibir conhecimentos e, como disseram. desconsiderar acintosamente alguns comentadores. Contuinuo a afirmar que o grande NABO é ele. OU O SEU GÊNERO.

Anónimo disse...

Pois é. A minha falta de calma deveu-se a alguma irritação descabida. Mas acho desnecessárias as desconsiderações. E gosto que haja todo o tipo de comentadores.

Quase sempre Coolme.

Anónimo disse...

Desafiar as convenções vigentes das leis de propriedade industrial ou que foram objecto de processos de direitos de autor. Sá para inormação foi impulsionada pela revista Stay Free!, uma publicação que analisa criticamente a comercialização da cultura de massas, e que agora copia CD'S e DVD's para venda.

Anónimo disse...

informação....

Anónimo disse...

Este blog vai muito à frente....já me perdi...

Anónimo disse...

perdidos mas com bons achados.

BB

Anónimo disse...

Mesmo com a partida dos Nabos e Pirós, vocês continuam a mesma corja de frustrados/as e ressabiados...francamente afinal o nivel continua o mesmo, a diferença é que agora não tem graça! No fundo vocês são o reflexo da nossa periférica situação geográfica...ninguém vos deve ligar efectivamente. Pobres dos que interagem com vossas excelências na "real life".