Marcel Broodthaers, Um lance de dados jamais abolirá o acaso, 1969
A FOTOGRAFIA (1ª)
Esta roda preta retirada de um muro ofuscante, onde fuma
um archeiro não pertence a ninguém senão à minha própria sombra.
Não existem castelos, aqui.
Mas é evidente que já existiram neste sítio.
a luz está perfurada.
O NEGATIVO
Não existe castelo, aqui, apenas um muro ofuscante no sítio
em que a luz está perfurada, esta roda preta onde fuma um archeiro.
Aqui, mais escuridão que claridade.
A FOTOGRAFIA (2ª)
Esta roda negra onde fuma um archeiro não pertence
a ninguém senão à minha sombra.
Não existem castelos aqui apenas um muro ofuscante,
é evidente que existiram destinados
a este sítio onde a luz está perfurada.
O NEGATIVO
Não existem castelos aqui apenas um muro ofuscante
destinado ao sítio onde a luz está perfurada, esta
roda negra onde fuma um archeiro.
E mais escuridão que claridade.
Jean Coignon Com Arco e Seta, 1960
(Faz hoje 250 anos que Mozart
nasceu. )
A FOTOGRAFIA (1ª)
Esta roda preta retirada de um muro ofuscante, onde fuma
um archeiro não pertence a ninguém senão à minha própria sombra.
Não existem castelos, aqui.
Mas é evidente que já existiram neste sítio.
a luz está perfurada.
O NEGATIVO
Não existe castelo, aqui, apenas um muro ofuscante no sítio
em que a luz está perfurada, esta roda preta onde fuma um archeiro.
Aqui, mais escuridão que claridade.
A FOTOGRAFIA (2ª)
Esta roda negra onde fuma um archeiro não pertence
a ninguém senão à minha sombra.
Não existem castelos aqui apenas um muro ofuscante,
é evidente que existiram destinados
a este sítio onde a luz está perfurada.
O NEGATIVO
Não existem castelos aqui apenas um muro ofuscante
destinado ao sítio onde a luz está perfurada, esta
roda negra onde fuma um archeiro.
E mais escuridão que claridade.
Jean Coignon Com Arco e Seta, 1960
(Faz hoje 250 anos que Mozart
nasceu. )
11 comentários:
Merdinhas: estás muito à frente para aqui a rapaziada do bairro
Bj. C
Eu vi a exposição e gosto. Muito
Z.C
"Um pouco pretensioso" - diz o rapaz cujos "Interests" são "encontrar a explicação última". Cá para mim, não há só uma explicação - e nenhuma é a última... E gosto de pensar que o Broodthaers não só não era pretensioso como gostava de muitas, variadas e variáveis explicações.
BlogProwler
e ainda é vivo??
Não, não é vivo. Nasceu em Bruxelas em 1924 e morreu em Colónia em 1976.
Baralhando e dando as mesmas cartas por ordem diferente. Muito interessante. Hei-de pensar nisto para um post.
Gracias pela visita :)
Baudelaire, Mallarmé, Duchamp e Magritte. Depois deles Broodthaers.
Surpreende sempre, como me surpreendeu a sua exposição.
vou desmoer a coisa...
.
"o que é pode não ser e vice-versa" é um conceito que muito me agrada.
.
há alguns trabalhos dele na colecção permanente da fundação serralves.
.
Gosto de pensar como o prowler. Eu vi a exposição que o ilustra bem.
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