Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, escritor e romancista do
Romantismo português.
Nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825, na freguesia dos Mártires, num prédio da Rua da Rosa, actualmente com os nºos 5 a 13 e suicidou-se a 1 de Junho de 1890, na freguesia de Ceide, Vila Nova de Famalicão.
“Dizia um filósofo humanitário a certo povo infeliz: ‘Sede melhores, e vós sereis mais felizes’. E o povo respondeu ao filósofo humanitário: ‘Fazei-nos mais felizes, e nós seremos melhores” [C.C.B., in A Verdade, 1856]
“Que me importa a mim o futuro? Caído por este desfiladeiro da vida , com os olhos fitos lá em baixo na terá negra do túmulo, - que tenho eu contigo, futuro? (…)
Eu sou do passado: ficou-me lá o espírito; amo o tempo que foi: vivi então mil séculos num instante – amarguei-os, mas que importa?” [C.C.B., in O Nacional, 1948]
“É inegável que somos europeus, e até podemos avançar que se fala de nós lá fora como um povo civilizado (…) Caminhamos airosamente na via láctea do progresso, porque as estradas cá em baixo o mais que podem é pôr-nos em contacto com o progresso dos antípodas por meio dos abismos insondáveis que o macadame aperfeiçoou (…)
Temos tudo quanto podem ambicionar os netos daqueles que civilizaram mundos novos. Só nos falta – diga-se a verdade sem presunção – falta-nos uma pequena coisa, que faça os homens bons: falta-nos a virtude e a moral; falta-nos o respeito à lei, e a lei que deva respeitar-se; falta-nos esse quasi nada que faz dum povo de traficantes e de corruptos uma sociedade de irmãos e amigos “ [C.C.B., in O Portuense, 1853]
Excertos camilianos tirados
daqui.